MULHERAGEM

Artes Visuais | Ilustração
Comemoração do 1 000 059.º Aniversário da Arte | com ilustrações de Ana Biscaia, Beatriz Rodrigues e Rosário Pinheiro

Local: Café do Teatro, Viseu
Datas: de Janeiro a Abril de 2022

Clarice Lispector (Aguarela)
Ana Hatherly (Desenho e Aguarela)
Maria Velho da Costa (Aguarela)
Hilda Hilst (Aguarela)

1 000 059.º Aniversário da Arte
Segundo o artista francês Robert Filliou, seguidor da corrente artística Fluxus, a 17 de janeiro de 1963, o dia do seu nascimento, a arte celebraria um milhão de anos. Segundo o artista, a arte nascera no momento em que alguém deixou cair uma esponja seca numa tina com água. Desde então, artistas celebram este dia um pouco por todo o mundo, com arte-postal, festas, (re)encontros, exposições e conversas.

A 17 de janeiro de 1974, o artista multimédia Ernesto de Sousa organizou uma festa comemorativa do 1 000 011.º Aniversário da Arte em Portugal, no Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC).

A 17 de janeiro de 2021, abrimos a temporada do Teatro Viriato com a tradição Fluxus de celebrar o Aniversário da Arte, na companhia de parceiros de longa data como o Cine Clube de Viseu, o Museu Nacional Grão Vasco, o Vale do Côa ou a ZDB, com uma mão cheia de artistas que ocuparam o palco com concertos, espetáculos, leituras e happenings que acabaram por ser transmitidos online por causa de um segundo período de quarentena nacional devido à pandemia por Covid-19.

Este ano voltamos a celebrar em Viseu o Aniversário da Arte, desta feita em parceria com o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra e o Café do Teatro. Convidámos três ilustradoras da região centro (Ana Biscaia, Beatriz Rodrigues e Rosário Pinheiro) a desenharem retratos das suas autoras femininas e feministas de eleição, para expormos no Café do Teatro (atualmente com 13 retratos de 13 escritores homens em painéis de azulejos). A exposição “Mulheragem” (porque lhe chamar uma homenagem?) será ainda acompanhada de cartas de mulheres autoras, a outras autoras de sua eleição num diálogo entre gerações, estilos, geografias e vontades.

Ocupando o espaço público com imagens de heroínas, responsáveis pela nossa emancipação, libertação e lugar no mundo, contamos contribuir para recontar e relembrar múltiplas histórias de tantas heroínas que por vezes ficam na sombra, ofuscadas pela promoção dos heróis e artistas (frequentemente masculinos) do cânone oficial.